Ercole e la regina di Lidia, Pietro Francisci, 1959 ***¹/²
Uma pena o peplum não entrar em moda e ser alvo de maiores atenções entre os cinéfilos. Os italianos tinham uma ótima tradição e pegada pro filme de gênero (horror, western, policial), e estes da safra das aventuras mitológicas dos anos 50/60 não ficam devendo muito ao que se fez depois. Eles são como que o filme B das superproduções hollywoodianas infladas, um trabalho de síntese com a aventura e o que realmente interessa reduzidos ao seu essencial, à sua depuração. Mesmo um representante um tanto menor como esse Hércules e a Rainha da Lídia (a melhor porta de entrada são os dirigidos por Vitorio Cottafavi) vale bastante como divertimento e apreciação estética do que o gênero pode proporcionar (caso alguém precise de um referencial para ter uma ideia sobre os peplums, pensar nos dois Conan dos anos oitenta, que não seria exagero enxergar como os equivalentes na sua época ao que alguns dos italianos fizeram vinte anos antes).