Uma das coisas mais chatas em discutir cinema brasileiro contemporâneo é quando o outro lado lhe acusa de maneira quase inquisidora de não ter visto os filmes nacionais dos debates em voga.

Daí você enumera uma penca deles, dos que parou para assistir, e lhe vem na lembrança o tempo desperdiçado em vão, o pouco acréscimo que lhe trouxeram em termos de contribuição estética, na absoluta incapacidade de superarem as suas más vontades antes de conhecê-los (bons filmes possuem o atributo de resistir e vencer a desconfiança alheia).

Ou mesmo em um momento de eventual boa vontade dos olhos de quem vê ainda assim se confirmarem como a completa ou seminulidade que representam. Uma das razões pelas quais parei, ao menos momentaneamente, com os textos sobre cinema, é preciso uma resistência inquebrantável para lidar com objetos fílmicos que não lhe dizem muito, e aos quais você não pretende ficar buscando o que possa discorrer de bom a partir deles.